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    Amores, cocaínas, tangos e moléstias

    Enervadas, de Madame Chrysanthème, é uma crítica à vida tediosa da mulher burguesa dos anos 1920 Por Natália Huf No perfil sobre Madame Chrysanthème, também publicado aqui no Jornalismo & História, Mauro César Silveira diz que “se pudesse, ela não assinaria seus textos como Chrysanthème”. De fato, a narrativa feminista e moderna de Enervadas, de 1922, não deveria precisar ter sido assinada por um pseudônimo. Infelizmente, Maria Cecília Bandeira de Melo Vasconcelos, a mulher por trás do nome, assim como a protagonista Lúcia, viveu em uma época em que o sexo feminino estava destinado a ocupar apenas as funções de esposa, dona de casa e mãe. Escritora e jornalista, Chrysanthème…

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    Muito prazer, meu nome é Maria Cecília

    Por Mauro César Silveira Se pudesse, ela não assinaria seus textos como Chrysanthème. Mas naqueles tempos, nas primeiras quatro décadas do século passado, uma voz feminista brasileira não deveria revelar sua identidade. Assim como sua mãe Emília, também jornalista e escritora, que usou o pseudônimo de Carmen Dolores, Maria Cecília Bandeira de Melo Vasconcelos precisou resguardar seu verdadeiro nome ao herdar a coluna semanal de Machado de Assis, no jornal O Paiz, do Rio de Janeiro, e levar adiante sua prolífica produção, tanto nas páginas da imprensa como nas obras literárias. Foram incalculáveis crônicas e artigos em inúmeros periódicos do centro do país e 16 livros, com uma diversidade estilística…