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    Na era da leitura em voz alta dos jornais

    Por Mauro César Silveira De cidade em cidade, de lugarejo em lugarejo, de terra em terra, as novidades aportavam em maços amarfanhados e empoeirados de papel. Durante quase três séculos, do alvorecer do XVII a meados do XIX, os jornais romperam as amarras da circulação restrita – seja pelo preço elevado de cada exemplar ou pela barreira do analfabetismo – através da força atávica da oralidade. Os mercadores de notícias percorriam comunidades da Europa e dos Estados Unidos, mesmo aquelas mais longínquas e inóspitas, para ler as notícias que julgavam mais interessantes ou impactantes, de diferentes regiões do mundo, em troca de moedas de baixo valor. Assim, as apresentações das…