
Os ataques de neopentecostais à história dos povos kaiowa e guarani
Primeira videorreportagem do programa de microbolsas lançado pela Agência Pública para repórteres indígenas mostra resistência de aldeias do MS à intolerância religiosa
Por Luan Iturve e Valdinéia Jorge
A primeira produção de repórteres indígenas da Agência Pública, selecionados através de projeto divulgado em fevereiro de 2022 aqui no Jornalismo & História, escancara a impunidade de ações criminosas contra áreas localizadas em Dourados, no Mato Grosso do Sul. A reportagem aborda os constantes ataques de neopentecostais aos rezadores kaiowa e guarani nos últimos anos. Uma onda de incêndios contra casas de reza tradicionais tem sido a face mais visível da intolerância religiosa de grupos formados por indígenas convertidos que passam a demonizar as manifestações tradicionais de seu próprio povo. O vídeo também mostra como o movimento das mulheres kaiowa e guarani tem atuado para denunciar e enfrentar o problema:
SOBRE OS AUTORES
Indígena da etnia Guarani-Nhandeva, Luan Iturve nasceu na cidade de Juti e atualmente mora em Dourados, no Mato Grosso do Sul. É estudante de Ciências Sociais na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), ator, cineasta, músico, fotógrafo e cineclubista. Desde 2018 vem se dedicando ao audiovisual.
Yvyraija Nhandesy Valdineia Kunha Poty, conhecida também como Valdinéia Jorge, tem 34 anos, é professora e mãe. Atualmente estuda licenciatura em educação na Universidade Federal da Grande Dourados, na área de ciências da natureza. Mora na TI Panambizinho em Dourados, MS. Desde 2019 acompanha a intolerância religiosa contra os guarani e kaiowa.
