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Duas reportagens reveladoras e as infinitas possibilidades do jornalismo autoral
Narrativas pessoais sobre os bastidores do WikiLeaks, de Natalia Viana, e as condições de trabalho dos dekasseguis, de Juliana Sayuri, têm grande valor histórico Por Mauro César Silveira O relato impressionista, na primeira pessoa do singular, com uma narrativa envolvente desde o primeiro parágrafo, não é uma cena incomum no jornalismo europeu. Pelo contrário. O protagonismo da pessoa que escreve está presente mesmo nos impressos mais tradicionais, que estimulam a produção de textos autorais, como acontece em trabalhos de maior fôlego do El País, da Espanha, especialmente em matérias produzidas por enviados especiais ou correspondentes internacionais. No Brasil, os canais de informação mais ortodoxos ainda resistem a essa tendência, embora…