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Narrativa cinematográfica do livro “O mez da grippe” revive o impacto da epidemia de um século atrás
Por Natália Huf "As victimas avolumam-se 21 óbitos sendo 16 de grippe Os cinemas fecharam A grippe torna-se contagiosa Sete dias por semana Agora está morrendo mesmo muita gente." A manchete do jornal Diario da Tarde de 12 de novembro de 1918 afirmava o que há algum tempo as autoridades sanitárias de Curitiba já vinham avisando: a gripe espanhola já havia chegado e estava se espalhando pela capital paranaense. Utilizando recortes de jornal, propagandas, documentos oficiais, ilustrações, poesia e relatos, Valêncio Xavier reconta os meses em que a cidade de Curitiba foi atingida pela epidemia da gripe espanhola. Paulista de nascimento, Xavier mudou-se para Curitiba aos 21 anos, onde residiu…
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A outra pandemia que o mundo demorou a levar a sério, em relato do jornalista científico espanhol Daniel Mediavilla
No início, os espanhóis também menosprezaram as primeiras notícias sobre uma nova doença, parecida com a gripe e de efeitos, aparentemente, leves. Nem mesmo quando a enfermidade ocupou a primeira página do jornal ABC, no dia 22 de maio de 1918, os hábitos dos moradores de Madri foram alterados. Era época das animadas festas de San Isidro e a maioria das pessoas não quis perder as atrações musicais e gastronômicas que movimentaram suas ruas por vários dias – uma tradição que se mantém de pé até hoje e reuniu, no ano passado, mais de 200 eventos públicos em 15 pontos diferentes no perímetro urbano da capital da Espanha. As aglomerações…