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Javier Viveros: “As guerras são pedreiras inesgotáveis de histórias”
Maior roteirista de quadrinhos do Paraguai aborda a importância dessa arte visual para a reconstrução do passado Por R. Melissa Dos Santos Ele já era um renomado escritor e poeta quando, em meados da década passada, enveredou para o fascinante mundo dos quadrinhos. Hoje, se constitui num personagem importante da história do presente do Paraguai: mestre em Literatura pela Universidade Nacional de Assunção (UNA), membro da Academia Paraguaia da Língua Espanhola, atuante engenheiro informático e, indiscutivelmente, o mais prolífico e qualificado roteirista de livros ilustrados do país. Em pouco tempo, se tornou o grande protagonista do atual boom da chamada nona arte em terras paraguaias. É o coordenador de vários…
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Tristán Roca, o jornalista boliviano exilado no Paraguai em plena guerra
Um estrategista das comunicações durante o maior conflito bélico sul-americano Por Leonam Lauro Nunes da Silva* Um trabalho de pesquisa sempre reserva surpresas. Quando escrevi a respeito das relações na tríplice fronteira (Brasil, Paraguai e Bolívia) durante a Guerra Grande, deparei-me com um personagem ímpar, de grande força: Dr. Tristán Roca Suárez. Em determinado momento da escrita da dissertação de mestrado, atinei que sua atuação, performance, em meio ao quadro social vigente requereria colocá-lo, não mais na condição de coadjuvante, e, sim, de protagonista do evento bélico que tanto impacto causou na vida dos países envolvidos e, quiçá, em todo o continente. Percebi, logo, que a sua história poderia render…
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Jornalismo de trincheira paraguaio do século XIX renasce em quadrinhos na quarentena
Por Mauro César Silveira O lendário Cabichuí emerge do passado na quarentena paraguaia. Aparece o número 96, que dá sequência ao satírico jornal editado nos campos de batalha da guerra contra a Tríplice Aliança a partir de 13 de maio de 1867. Lançado no final de 2019 em Assunção, o álbum ilustrado El Cabichuí perdido, produzido por uma equipe de 18 cartunistas e roteiristas que homenageia os combatentes que escreviam e desenhavam na publicação do século XIX, é uma das opções de leitura mais adotadas no Paraguai nesta época de confinamento . No alto das capas, o Cabichuí costumava mostrar, como identidade visual, um negro sendo picado por vespas – o…