-
Novas possibilidades para o jornalismo
Coletânea de artigos contribui para a solidificação da pesquisa sobre o uso dos quadrinhos como suporte para notícias e reportagens Por Natália Huf O jornalismo produz, cotidianamente, a história presente. Por meio de textos, fotografias, vídeos e também da linguagem dos quadrinhos, são registros e relatos da nossa história. O aumento na produção de conteúdos jornalísticos em quadrinhos, especialmente reportagens, vem despertando interesse acadêmico sobre o tema e, nos últimos anos, mais artigos científicos, TCCs, dissertações e teses em programas de pós-graduação de Comunicação e Jornalismo vêm se debruçando sobre esse campo de pesquisa crescente. Neste ano, a editora florianopolitana Insular lançou uma coletânea de textos de dez pesquisadores intitulada…
-
Um pintor entre dois mundos
Da revista brasileira Vanitas à publicação belga Clarté, a circulação transatlântica do artista uruguaio Carlos Wahington Aliseris Por Maria de Fátima Fontes Piazza Da vaidade à claridade, duas revistas, uma belga e outra brasileira, uma de fait-divers e a outra voltada às artes visuais, arquitetura e com pitadas de museologia, revistas tão diferentes entre si, apresentam dois artigos que tem como objeto: o pintor, diplomata e mediador cultural uruguaio Carlos Washington Aliseris (1898-1974) e a sua obra para o público do Brasil e da Bélgica. No caso da revista belga, há uma mudança de perspectiva da história da arte, da periferia para o centro, ou seja, um ponto de inflexão…
-
Outro genocídio bem brasileiro
Aclamada obra da jornalista Daniela Arbex inspira a série Colônia, sobre o maior hospício do Brasil, em Barbacena, Minas Gerais, aterrador cenário de 60 mil mortes ao longo de sua existência Por Mauro César Silveira Os estigmas costumam resistir ao tempo como os metais refratários às mais elevadas temperaturas. A cidade de Barbacena, no sul de Minas, ainda não se livrou da imagem associada a lugar habitado por aqueles seres “anormais”. Não adiantou a árdua luta da repórter investigativa Daniela Arbex para quebrar o silêncio histórico em torno do Colônia, como era chamado o maior manicômio do Brasil, e contar as histórias das pessoas sobreviventes ao método de confinamento forçado…