Entrevista

  • Entrevista,  História,  Resenha

    438 páginas através dos séculos para recontar a morte dos escritos mais valiosos da humanidade

    Por Bárbara Dal Fabbro Neste momento, enquanto você lê estas linhas, pelo menos um livro está desaparecendo para sempre. A morte de uma obra literária é uma regressão, um retrocesso, já que com ele se vão ideais, pensamentos, sentimentos, conhecimento e até sonhos. O que faz uma pessoa destruir um livro? Queimá-lo, rasgá-lo ou mesmo rasurar suas páginas? Estas perguntas, com certeza, permearam os pensamentos do escritor venezuelano Fernando Báez. O interesse pelos volumes destruídos ou perdidos remonta à sua infância, desde os cinco anos de idade os livros eram seus únicos amigos. Ele costumava frequentar a biblioteca pública de sua comunidade, em San Félix, Ciudad Guayana, na região oriental…

  • Entrevista,  História,  Jornalismo,  Resenha

    Amores, cocaínas, tangos e moléstias

    Enervadas, de Madame Chrysanthème, é uma crítica à vida tediosa da mulher burguesa dos anos 1920 Por Natália Huf No perfil sobre Madame Chrysanthème, também publicado aqui no Jornalismo & História, Mauro César Silveira diz que “se pudesse, ela não assinaria seus textos como Chrysanthème”. De fato, a narrativa feminista e moderna de Enervadas, de 1922, não deveria precisar ter sido assinada por um pseudônimo. Infelizmente, Maria Cecília Bandeira de Melo Vasconcelos, a mulher por trás do nome, assim como a protagonista Lúcia, viveu em uma época em que o sexo feminino estava destinado a ocupar apenas as funções de esposa, dona de casa e mãe. Escritora e jornalista, Chrysanthème…

  • Diálogos,  Entrevista,  História,  Jornalismo

    Rubens Valente: “Bolsonarismo deturpa o passado para inviabilizar os atores do presente”

    Por Mauro César Silveira No conturbado quadro político brasileiro atual, a obra Os fuzis e as flechas: história de sangue e resistência indígena na ditadura adquire, cada vez mais, uma aguda importância. Depois de se impor como leitura essencial do abril indígena, o livro do jornalista Rubens Valente, lançado pela Companhia das Letras em 2017, repercute também na Europa. Em extenso artigo que o premiado repórter investigativo publicou, um mês atrás, na respeitada seção Dossier do jornal catalão La Vanguardia, as  ações criminosas do governo Bolsonaro na Amazônia, ameaçando também o presente e o futuro do planeta, são relacionadas com a trágica atuação da ditadura civil-militar brasileira contra nossos povos…

  • Entrevista,  História,  Reportagem

    Nilson Mariano: “Sempre me atraíram esses personagens malditos, varridos para debaixo do tapete da historiografia oficial”

    Nesta entrevista, Nilson Mariano fala sobre a produção do livro Um tal de Adão Latorre: A degola na Revolução de 1893 Por André Pereira* O autor do livro, Nilson Mariano, refere-se à sua condição jornalística como uma atividade temporal passada. “Quando eu estava repórter…”, escreve, ao se referir aos ainda recentes tempos de profissional de comunicação gaúcho, premiado e de texto brilhante. No entanto, impõe-se discordar: o trabalho revelado na elaboração da obra Um tal de Adão Latorre: A degola na Revolução de 1893, lançado pela Edigal (Martins Livreiro) no sábado passado, dia 7 de março, na Livraria Erico Verissimo, em Porto Alegre, é uma legítima reportagem, robustecida por pesquisas…